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Eu tenho medo das palavras, pois elas podem ferir quando usadas do jeito errado. Eu tenho medo dos meus sonhos, pois eles são grandes demais para caber na minha cabeça. Eu tenho medo do escuro, pois não posso ver o que acontece, tampouco saber o que habita nele. Eu tenho medo do desconhecido. Tenho medo da morte. Tenho medo dos mortos. Tenho medo de bonecas com falsos sorrisos (sinto sofrimento nelas). Tenho medo de ficar sozinha. Tenho medo de perder quem eu amo. Tenho medo de nunca tentar ser feliz. Tenho medo de tudo dar errado. Tenho medo de ouvir um "adeus". Tenho medo de errar, tenho medo de sofrer, tenho medo de chorar, tenho medo de sentir dor. Tenho medo de não agradar as pessoas, tenho medo de não agradar a mim mesma. Tenho medo de não conseguir. Tenho medo de lagartixa. Tenho medo dos meus medos me atrapalharem. Tenho medo do futuro, tenho medo de não me encontrar, tenho medo de não ser quem eu sou. 

Estou desmoronando, pois não encontro respostas. Eu nem posso ouvir a sua voz, me dizendo como eu posso continuar ... de onde tirar esperança agora? 

Isso desaba dentro de mim, porque eu estou sendo destruída ... onde está a minha força agora? Em que acreditar, em que me apoiar, me sinto sozinha ... por favor não vá embora...

Mas onde eu estou? o que eu devo fazer? onde estão meus sonhos agora? olho em volto e não vejo nada além móveis parados ...e um coração que anseia por liberdade. Eu posso ouvi-lo bater, pedindo para ser livre de tanta insegurança, de tantas correntes de medo, de tanta pressão, de tanta mania de perfeição.  Ao desmoronar eu espero que eu me faça em pedaços, pois eu preciso me reconstruir. Melhor que antes? Pior que antes? Não. Apenas juntando todos os pedaços do que eu fui um dia, pois isso é o que me faz ser quem eu sou