quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Paranóica

Eu havia perdido uma oportunidade de ouvir mais uma vez a sua voz. Fiquei triste, pensando onde estava na hora, por não ter atendido. Ou ainda por não estar presente quando alguém precisava de mim. E também se esse alguém não se sentiu sozinho, e foi buscar aconchego nos braços de outra pessoa. Fiquei tão aflita, como se tivesse cometido o pior dos erros. Eu só não tinha atendido uma ligação. Me deitei, e la fiquei, pensando que o me pequeno deslize era assim tão grave. Embaixo de uma janela fria, aquela brisa gelada e agredia como açoites, aquele frio me fazia sentir ainda mais sozinha. Eu tocava a minha pele tentando fazer os arrepios passarem, e então lembrava que essa pessoa não estava perto, que podia ter ido esquentar outro alguém. Quase chorei, embaixo daquela janela, que parecia mais um portal para um abismo, e eu queria atravessar. Levantei-me, tentei comer, mas só engoli o meu jantar, minha mandíbula estava travada de ansiedade e medo. De repente, me chega a notícia de que esse alguém me procurava. Ele sentiu a minha falta, e só ficou pensando em mim.

Um comentário:

  1. Que texto lindo.O mais legal de tudo,e que você nós envolver,nós transmite uma sensação tão especial.Que Deus continue te iluminado.Cada texto,um mais lindo que o outro.
    Beijos.

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